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terça-feira, junho 28, 2022

COMO NASCERAM AS TRICOLORES


 

COMO NASCERAM AS TRICOLORES

Amara Antara


Num tempo além do tempo, no momento da criação de todas as formas de vida sobre Terra, foram surgindo os animais cada um com suas peculariedades, foram criados segundo as características de cada espécie.


Quando chegou a vez dos felinos, o primeiro a ser criado foi o guepardo (Chita), o Criador lhe disse: entre os animais terrestres serás o mais veloz. Depois veio o leão, serás conhecido como o rei dos animais.


E assim, o Criador foi colocando cores, beleza, harmonia em cada um, porém, todos foram criados com as mesmas características, respeito e amor pela Natureza.


 O Criador compadeceu-se dos humanos e resolveu criar os animais domésticos, para que pudessem “domesticar” o coração dos homens e os ensinar a amar incondicionalmente.


Primeiro vieram os cães, chegaram alegres, entusiastas, servis, amorosos e leais.


Em seguida vieram os gatos, apesar de amorosos, leais e companheiros como os cães, vieram com a missão de ensinar aos humanos a sabedoria do silêncio, da observação e da sintonia com a alma.


Foram recebendo as formas e cores, primeiro vieram os brancos, depois os amarelos, depois os pretos, os cinzas etc.

Assim disse o Criador:

Ao branco, terás a pureza das crianças.

Ao amarelo, terás o esplendor do sol.

Ao preto, terás o mistério  da noite.

Ao cinza, terás o mistério da noite  (preto) permeado com a pureza do branco.


Porém, todos os gatos, de todas as cores e raças receberão uma individualidade meditativa, serão diferentes da maioria dos animais, terão o direito de subir nas árvores, muros e poderão ver o “mundo” do alto dos telhados com elegância e graça.


De repente apareceu uma pequena gatinha ainda “inacabada” que ao aproximar-se do Criador, se esfregou, ronronou e deitou-se silenciosamente e delicadamente aos seus pés.


O Criador lhe disse: pequena criatura, terás a pureza do branco e a delicadeza das nuvens.

Depois deu uma pincelada do preto e disse: terás a mistério da noite escura.

Depois outra pincelada do amarelo, e disse: terás o fulgor do sol que brilha no firmamento.


Pequena criatura serás diferente de seus irmãos felinos,

 suas cores ficarão na memória dos humanos para que aprendam a desenvolver.

Do branco: a pureza nas intenções e no coração.

Do preto: na escuridão é que poderão encontrar o caminho para a pureza.

Do amarelo: depois de atravessarem a escuridão com confiança e sabedoria, encontrarão a luz que está em seu interior.


Muitas vezes as tricolores terão o tom cinza no lugar do preto, para fazê-los lembrar-se da chuva que fecunda a terra nas manhãs cinzentas e frescas.


Algumas de vocês nascerão como a beleza do sol no firmamento, outras nascerão com a beleza do alaranjado para lembrá-los das cores do nascer ou do pôr do sol.

As tricolores trarão a energia feminina ao mundo, terão a missão de serem mães, aprenderão a amar e dar vida a outras vidas.


Porém, as tricolores e todos os gatos caminharão pela Terra silenciosamente, com leveza, beleza, delicadeza e um certo mistério.

Assim, nasceram as lindas tricolores.

 Para Esperança Amara Antara, a trica da minha vida. 

Março/2016

 


domingo, setembro 09, 2018

Juma a primogênita felina, 23 anos.

Juma a primogênita felina, 23 anos.

Hoje a Juma estaria completando vinte e três anos de idade. Quando ela entrou em minha vida eu não tinha a mínima intenção de ter gatos, pois achava que gatos não combinam com apartamento.

Tinha em minha mente as lembranças dos gatos da minha tenra infância, minhas lembranças eram (e são) bastante fragmentadas, pois eu era muito criança. Lembro-me que acordei certa noite com minha gata miando desesperadamente e uma porção de vizinhos tentando tirar seu filhote que havia caído no fosso de um banheiro de quintal.

Lembro-me que eu chorava copiosamente com minha gatinha no colo, essas lembranças são tão fragmentadas que não consigo lembrar-me da cor da gata e tampouco do (s) filhote (s).

As lembranças que tenho é que pegava as poucas roupas que tinha para pôr na caixa onde ela dormia com seus filhotes, acho que me lembro desse detalhe por que muitas vezes apanhei com causa disso.

Não consigo recordar como meus gatos morreram (todos), só sei que desapareciam, hoje sei o motivo, porém, naquela época nada disso se levava em conta.
Eles viviam livres, porém, viviam muito pouco, desde sempre a maldade mora no coração dos homens.

Por essas lembranças nunca quis ter um gato, apesar de ser apaixonada por eles.

Próximo do meu apartamento havia uma praça cheia de gatos, na Praça Roosevelt havia um supermercado, então cada vez que ia ao supermercado me deliciava em brincar com eles, comprava ração e ficava horas com eles, havia um grupo que cuidava deles e sempre que podia os ajudava.

No entanto, a Juma apareceu do outro lado da cidade e o destino encarregou-se de colocá-la em meu caminho, eu a salvei, mas não tinha a mínima intenção de adotá-la, mas a vida tem seus propósitos, muitas vezes abençoados propósitos, e dessa maneira passaram-se vinte e três anos.

Como já falei dezenas de vezes ela foi minha primeira grande mestra, me deu a oportunidade de me tornar uma pessoa melhor, lapidou em mim o amor que estava escondido no mais profundo da minha alma.

Fez-me olhar para todos os animais com a mesma compaixão e amor que olhava para ela e seus irmãos.

Depois desse dia vieram mais nove gatos para me ajudar neste aprendizado tão complexo e desafiador chamado vida. Além de tantos outros que foram encaminhados a lares, onde receberam amor e carinho.

Porém, meus companheiros de jornada foram nove, dos quais seis já estão com ela do outro lado da vida, assim espero.

O nove é um número singular, estou vivendo a energia desse número desde a chegada do Júpiter, ele é o nono, a Juma nasceu dia 09-09 e numerologicamente seu nome possui a vibração do nove.

A Juma era quase humana, chego a conclusão que ela era mais humana que a maioria dos humanos que conheço, cuidava de mim e de seus irmãos, era literalmente nosso anjo da guarda.

Juma, minha pretinha esteja onde você estiver neste imenso Cosmos, estaremos sempre juntas e minha gratidão a você é eterna.
Gratidão.

Juma,
“Diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo, (foi) é um imenso prazer para mim dividir um planeta e uma época com você.”
Carl Sagan

sexta-feira, setembro 07, 2018

FELIZ ANIVERSÁRIO RAPHAEL E LYSNEL

Raphael
Lysnel


FELIZ ANIVERSÁRIO RAPHAEL E LYSNEL

Sete anos, hoje o Raphael está completando sete anos, a Lysnel deve ter uns oito meses mais que ele. Neste aniversário falta um falta o Antuak que se foi tão breve, mas apesar da lacuna na comemoração me sinto agradecida por o Raphael e a Lysnel estarem bem de saúde. Na semana que vem o Raphael terá retorno ao veterinário, acredito que o perigo já passou.

A cada aniversário voltam as lembranças do dia do resgate, mas no momento em que estamos vivendo, quero só me lembrar dos bons momentos, da alegria em tê-los comigo nesses sete anos, uma partilha de amor, dedicação e gratidão.

O Raphael era muito arredio, mas com o passar dos anos foi desabrochando e hoje sabe pedir colo, exige carinho e se tornou parecido com o Antuak que era todo meigo e se dava com todos. Apesar de receberem poucas visitas notava-se que o Antuak ficava feliz com a novidade.

O Raphael era um filhote lindo e não era tão arredio, foi ficando com o passar do tempo, é muito bom lembrar-se deles correndo, brincando e encantando minha vida.
O Gabriel García Márquez tem razão quando disse:
“A vida não é o que a gente viveu, e sim o que se lembra e como se lembra para contá-la.”

A Lysnel sempre foi uma supermãe, mas aconteceu alguma coisa há uns três anos que a assustou, depois disso passou a brigar com os filhos em especial com o Raphael, pensei até em separar o quarto e deixar o Antuak e o Raphael de um lado e ela do outro. Tudo indica que foi por causa do aparecimento de um gato no quintal, acredito que ficaram assustados e de alguma maneira ou o Raphael a machucou ou ela mesma, pois quando cheguei lá estavam todos assustados e a Lysnel tinha um machucado próximo do olho.

Estavam tão estressados que tive que dormir com eles, e desse dia ela passou a brigar com o Raphael, interessante é que, se ela vier ficar com ele tudo bem, mas em geral ela briga com ele se ele se aproxima em especial se for de maneira abrupta.

Com a partida do Antuak eles se aproximaram muito no início, e até hoje sinto que eles sentem muita falta dele em especial o Raphael.

❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️

Raphael e Lysnel
“Começaria tudo outra vez se preciso fosse, meu(s) amor(es).” Gonzaguinha

🐾🐾🐾🐾🐾🐾🐾🐾🐾

Feliz aniversário criONÇAS do meu coração.
Feliz aniversário Josie e Lis (adotados)

quinta-feira, fevereiro 01, 2018

ANTUAK IN MEMORIAM


ANTUAK IN MEMORIAM

Madrugada de lua cheia, a lua brilhava intensamente no firmamento, enquanto na Terra a mais bela e brilhante estrela se apagava, um olhar que outrora brilhou com o tom mais lindo e delicado de um imenso céu azul.

Pela manhã ainda deitada no chão ao seu lado, lhe falei de todo meu amor, mas que não queria que sofresse mais, que estava livre para partir, que eu daria qualquer coisa para que sua saúde fosse restaurada eu sabia que seria quase impossível, mas sempre temos esperança.

Ele me olhou levantou levemente o corpo e caiu na cama.

O embrulhei em um cobertor e caminhei pelo quintal conversando com ele, lhe contei meus sonhos mais profundos, como queria poder tê-lo visto correndo pelo quintal livre e feliz juntamente com seus irmãos.

Com ele ainda no colo sentei-me na varanda e fiquei relembrando o primeiro dia que os vi, das incertezas se eles iriam ter um bom lar com amor e segurança.

Estava com um mês de vida um dia cheguei no quartinho ele estava encolhidinho em um canto, achei que não ia sobreviver, tinha um problema nos olhos que mesmo tentando tudo não sarava, entrei em desespero da possibilidade de vê-lo partir, mas cadê dinheiro para ajuda-lo, saí correndo atrás de um veterinário, como pagar? Depois eu vejo agora ele precisava de tratamento, e ele teve, foram dias de angústia e medo, eu olhava para os lindos e límpidos olhos azuis do Raphael e sonhava com os olhos do Antuak tão lindos e penetrantes quanto os do irmão.

E meus sonhos realizaram-se, ele tinha o olhar mais encantador e brilhante de que todos os gatos que tive.

Porém, hoje essa luz se apagou na Terra, mas vai permanecer brilhando em meu coração, em meu pensamento e na minh’alma.

Neste dia final passamos um dia relativamente calmo, toda hora ia virá-lo para não ficar muito tempo na mesma posição, conversava com ele, estava imóvel, o corpo não se movia parecia uma boneca de pano tinha que pegá-lo com cuidado, parecia que não tinha ossos.

Mas ao segurar em suas patinhas, ele abria as unhas e segurava meus dedos, estava consciente o tempo todo, quando lhe fazia carinho levantava a cabecinha para eu coçar seu pescoço e a testa, ele sempre adorou isso, quando acariciava sua testa fechava os olhinhos delicadamente, em geral estavam sempre abertos nos últimos dois dias.

No dia anterior ainda se alimentou através de uma sonda, porém, vomitou tudo com sangue horas depois, foram momentos de desespero incertezas e certeza que o fim estava próximo.

Durante todos esses dias dormimos no chão, forrava o quarto com edredons para que não tomasse friagem, pois saia cambaleando para tentar tomar água, a tigela de água era seu lugar preferido enquanto conseguiu andar ficava com a cabecinha recostada nela e a carinha dentro d’agua e com isso ia lambendo a água aos poucos.

Desde ontem não andou mais, por isso arrumei minha cama para nós, fiz uma “cama” mais alta para ele e deitei-me ao seu lado, estávamos cansados, são cinco dias sem dormir.

Deitei-me e fiquei conversando com ele, e ele segurava meus dedos com “força”, lhe contei uma porção de histórias, ou melhor, relembramos histórias então adormeci.

Iria levantar às 2h para lhe dar injeção, mas ele decidiu partir um pouco antes, e se foi ás 1h57minutos.

Estava cochilando de repente me sentei e passei a mão nele e vi que estava prestes a partir, quando o olhei começou a fazer um som estranho (nesses dois dias esteve em silêncio absoluto) percebi que a hora havia chegado, segurei suas patas e fui falando quase inaudível, vai querido, vai em paz, eu amo muito você e finalmente ele se foi em paz.

O fiquei olhando como se estivesse vendo um filme, sabia que a hora estava próxima, mas sempre achamos que podemos mudar as trapaças do destino. Amanhã (hoje) chegaria um remédio que traria um pouco de esperança, ele precisava fazer xixi, se fizesse teria uma chance.

Toda hora ia ver se havia feito e aproveitava para mudá-lo de posição. Mas não deu tempo, o tempo do tempo é muito diferente do nosso tempo.
O Antuak nunca havia saído do local onde viveu, quando o trouxe comigo para ser cuidado mesmo cambaleando e fraco andou pelo quintal miando, cheirando, “sentindo” tudo à sua volta, triste pensar que nunca pode correr por um quintal livre da dor e do sofrimento.

Resta-me um consolo, ao menos por meros minutos viveu livre em um quintal, sonho de seis anos de “prisão”.

Seis anos, jovem demais, estou sempre dizendo que vivem pouco, e vivem, mas o Antuak superou todos seus irmãos, viveu menos da metade dos seus irmãos que partiram.

Eu queria entender a “regra” do vir e ir deste mundo, o Antuak e seus irmãos chegaram a esse mundo de maneira cruel, chegaram em minha vida pelas vias do abandono.

Naquela manhã de setembro deparei-me com uma mãezinha e seus quatro filhos jogados dentro de uma caixa como lixo, ao seu olhar cruzar com o meu pedindo socorro, meu coração ouviu o chamado silencioso daqueles imensos e tristes olhos azuis, passei por cima de todas as dificuldades e os acolhi.

Foram momentos difíceis de medo, insegurança, mas de determinação, e nesses dias esses sentimentos afloraram quando eu olhava para o frágil corpo do Antuak, sem forças, olhar parado e distante e eu dizia: - você vai sarar você vai ficar bom.

Mas o destino é cruel, por mais que eu corresse contra o tempo para salvá-lo não consegui.

Durante esses longos e ao mesmo tempo breves seis anos, eu sonhava de olhos abertos, e os via brincando em um quintal felizes e em segurança, correndo atrás das borboletas, calangos pássaros etc.

Se de fato existe algo que “vela” por nós, gosta de brincar de esconde- esconde comigo, nunca permitiu que eles brincassem livres em um quintal.

Em meus devaneios, o Antuak sempre era o primeiro a sair correndo pelo quintal, pois tinha um espirito livre, tudo para ele era motivo de brincadeiras, uma pena o fazia pular e brincar horas com uma alegria cativante, eu o olhava extasiada.

Certa vez me disseram que eu gostava mais dele que dos outros, quem acha que se pode amar mais a um “filho” que aos outros não ama nenhum, amar vai, além disso.

Ficava às vezes mais evidenciado por ser alegre e amoroso sabia ser irresistível. Poucas pessoas os visitaram, porém, todos que os conheceram ficavam encantados com aquele gato gordo, de olhar cativante e que gostava de gente.

Ah! Antuak, quantas vezes eu sonhei em vê-los partir bem velhinhos, quantas vezes, fiquei pensando se viveria tempo suficiente para vê-los partir, pois a literatura diz que os siameses podem chegar a mais de vinte anos de idade, vivia calculando os anos para ver se havia possibilidade de estar aqui para esse triste momento, não imaginava que você partiria tão jovem e que deixaria mais essa dor em meu coração tão precocemente.

Envelhecer é acumular perdas, as materiais são transitórias as do amor e afeto são eternas.

Viver tem um preço muito alto, temos que ver quem amamos partir e ficarmos inertes e impotentes sem nada poder fazer.

Se existe algum lugar além deste mundo tão confuso, tão cruel em especial com os animais e especificamente com os gatos, espero que nesse momento você esteja correndo livre, em um mundo onde todos os seres têm direito a viver pela única razão de que se existe um Criador, somos todos um, não existe separação de raças, cor, espécie ou preferências desse suposto Criador e nesse lugar todos vivem em paz e harmonia, não há dor, abandono, maus-tratos, todos sabem que são um elo de ligação e todos vivem no amor e na partilha e com isso a vida flui, o Universo expande-se e todos se tornam de fato Um.

Não sei se isso existe, já acreditei, acreditei em anjos, mestres e que um dia a vida seria Una, hoje não tenho certeza de nada e o mais triste, me fica a sensação que somos meras peças de um tabuleiro de acasos, não faz diferença o quanto se ame ou o quanto seja indiferente com o sofrimento alheio ao final tudo sumirá como uma nuvem e nada restará.

Apesar das minhas incertezas quero continuar amando, sendo solidária, quero expandir meu coração para acolher os abandonados pela vida, em especial os animais, amá-los, socorrê-los não para ganhar um lugar em um céu imaginário, mas amá-los para tornar suas vidas em um “céu” na Terra, do que vale um suposto “céu” distante se na Terra o “inferno” é a lei para suas breves vidas.

Sejamos “anjos” e deus para todos os animais aqui e agora.
Não pude fazer tudo que sonhei para o Antuak, para sua mãe e irmão, porém, o pouco que pude fazer transformei nossas vidas em um céu de verdade.

Quando estava angustiada com a doença ou partida de seus irmãos, o Antuak se aconchegava ainda mais em meu colo, ele nunca conheceu esses irmãos, mas sabia que eu estava sofrendo por eles e fazia tudo para trazer paz para meu coração, então corria, brincava e me fazia sorrir.

Vida breve, breve dias, e agora só restam três, quando eu chegar naquele quarto daqui a pouco sempre faltará seu olhar e jeito brejeiro e vai doer, doer, doer, meu coração vai sangrar, mas tenho que prosseguir e continuar sonhando que posso tirar sua mãe e seu irmão da prisão onde vivem, você não consegui.

Eu gostaria muito de acreditar que vamos nos reencontrar e como aquela fábula da “Ponte do arco-íris”, você e seus irmãos, Juma, Uriel, Juca Raphael, Miguel Arcanjo e a Esperança estarão ao pé da montanha me esperando e nós correremos livres sobre a grama verde e leve esse encontro será eterno, sem separações, sem dor e sem sofrimento.

Desculpe-me não ter podido cumprir o que lhes prometi.

A primeira pessoa que conversei no dia, falei que era questão de horas para ele partir, porém, aguentou firme o dia todo e de madrugada se foi se foi no mesmo mês da Uriel.

O Antuak tinha a personalidade muito parecida com a da Uriel e no tempo em que ainda acreditava em “contos de fadas” eu me perguntava se não era ela que havia voltado para mim, ás vezes perguntava para ele, você é a Uriel? Ele me olhava com seus penetrantes olhos azuis como que respondesse que diferença faz? Estou aqui, isso basta.

E por ironia do destino sua doença e partida foi tão rápida como a dela, ele até deu sinais que podia estar com problemas por estar emagrecendo, porém, ela não deu tempo para nada.

O coração de quem ama percebe o perigo antes que ele aconteça quem não ama passa indiferente.

Por isso quando começou a emagrecer o levei ao veterinário, antes que a situação se complicasse, pouco adiantou, a doença e a partida do Antuak aconteceram coisas estranhas, encontramos veterinário indiferente que poderia ter mudado a história dele, encontramos veterinária “terrorista” que tentou colocar terror em minha alma, mas estávamos sendo ajudados por uma veterinária que ama animais e se preocupa com o paciente e o tutor.

Meu agradecimento especial a Dra. Andressa Mello que esteve presente mesmo à distancia me auxiliando profissionalmente e amorosamente, ontem ficou à minha “disposição” para tornar nossa vida menos triste. Gratidão Dê, você está sempre presente nas minhas perdas, me ajuda como excelente profissional que é e como amiga que cuidou dos demais que se foram por compaixão e amor. Sempre serei eternamente grata a você.

A Dra Andressa Mello assumiu o tratamento dele quando ainda havia uma tênue esperança de cura, tínhamos essa esperança, era jovem e forte, mas o destino é cruel até mesmo com os jovens e fortes.

Gratidão a Dra. Paula Ramos que ao ver meu desespero no Facebook também nos acompanhou carinhosamente.

Agradeço a minha amiga de todas as horas Cristiana Basan ( Procura-se Raja), já choramos tantas partidas, mas também já exultamos de alegria a cada conquista de cura em nossos filhos de 4 patas.

Gratidão a Sissi (MariaCecilia Melges de Carvalho) por estar comigo nesses dias de dor, mesmo á distância.

Gratidão a Cristina Altheia Bortoli que também esteve presente diariamente mesmo à distância.

Gratidão a Cidinha Morgão que abria todas as manhãs a janela para entrar ar e eles tomarem sol, eu e a Cidinha somos os humanos que ele mais viu em sua curta vidinha.

Agradeço a Vânia Marques pela ajuda e preocupação conosco, gratidão Vânia.

Agradeço a todos os amigos do Facebook que nos acompanharam e nos ajudaram orando, vibrando, mandando energias positivas e com isso tornaram nossa dor mais leve, nos fazendo sentir que não estávamos sós, em um mundo cercado de individualismo.

E finalmente gratidão ao Guilherme Franco que colocou telas na janela para eles viverem em segurança e nos ajudou financeiramente por muito tempo. Gratidão.

Acabei de enterrá-lo ás 18h30 embaixo daquela frondosa paineira onde estão o Miguel Arcanjo e a Esperança, está juntinho do Miguel.

*07-09-2011
+01-02-2018

História do resgate do Antuak e sua família

 “A morte nada mais é que uma despedida inesperada que não temos o poder de contestar ou evitar.”


Autor desconhecido

Últimos dias
Última foto já na madrugada do dia 01-02-2018
Último dia na Terra 31-01-2018
Pela manhã ainda com a sonda  31-01-2018
Com a sonda para alimentar-se 30-01-2018
Pela Manhã 31-01-2018
Sem forças nem para levantar a cabeça 31-01-2018
Ficava assim recostado na vasilha tomando água 30-01-2018
Olhos sempre abertos 29-01-2018
A tigela de água nos últimos dias era seu "porto seguro"
Ainda prestava atenção em tudo, antes do soro 29-01-2018
Ainda conseguia caminhar cambaleando 29-01-2018
Tomando soro na clínica 29-01-2018
Ainda no quartinho, começando a perder as forças 28-01-2018
Em minha cama ainda se sustentando sentado  28-01-2018
Comendo patê, eu dando na boca 26-01-2018
Emagrecimento acelerando 20-01-2018, já tinha ido ao veterinário em 19-12-2017 e também passado por retorno em 12-01-2018

Aparentemente bem, comendo graminha 20-01-2018
Comia, brincava não aparentava problema algum 20-01-2018
Parecia bem, só o emagrecimento preocupava 20-01-2018
07-01-2018
24-12-2017
Comendo com apetite 24-12-2017
De olho nos pássaros 19--12-2017
11-12-2017
26-10-2017
O irresistível gato gordo 26-10-2017
Família reunida no aniversário de 6 anos do Antuak e Raphael 07-09-2017
De olho no calango no muro 07-09-2017
Antuak e Raphael 05-09-2017
Uma bela família, meus filhos do coração 28-05-2017
Em plena saúde  27-06-2017
Antuak e Raphael 16-06-2016
"falando" com os pássaros 23-07-2015
Deitado em meu colo 29-05-2015
12-12-2014
Família reunida, de olhos nas pombas 18-01-2013
17-08-2012
Completando 1 ano de idade 07-09-2012
Me esperando na janela 02-01-2016
Antuak e Raphael  adolescentes  e  Lysnel no meio 28-01-2012
Antuak e Raphael, minha foto preferida 28-01-2012
Antuak e Raphael dormindo após a castração 17-04-2012
Antuak acordando após a castração 17-04-2012
Antuak, um gato entre livros 21-08-2012
21-08-2012
Minha foto preferida dele, Antuak com 4 meses 08-01-2012
Antuak deitado e Raphael 01-12-2011
Antuak e mamãe Lysnel  02-10-2011
Antuak, Raphael e Lis 27-10-2011
Apenas um bebê 16-10-2011
Dormindo em meu colo 13-10-2011
Antuak com os olhinhos ainda dependendo de muitos cuidados 06-10-2011
24-09-2011
Antuak, Raphael, Josie e Lis hora da mamada 24-09-2011
Vivia com os olhinhos fechados 24-09-2011
Com os irmãos Josie, Lis e Raphael 24-09-2011
Antuak, Raphael e Josie 24-09-2011
Criado dentro de uma livraria, dormia sobre os livros 29-10-2011
Hora do sono intelectual 29-10-2011
22-09-2011
Ainda na rua, Lysnel e seus filhos 07-09-2011
Ainda na rua 07-09-2011
Ainda na rua 07-09-2011, uma mãe heroína como centenas de mães do reino animal e mesmo humano.
Ainda na rua 07-09-2011
Antuak e Raphael, eles devem ter nascido na madrugada  de 7 de setembro de 2011, pois ainda havia placenta fresca na caixa, os jogaram na minha porta pois sabiam que eu iria acolhê-los, mas eu tinha tudo para não fazer  isso, pois não tinha onde abrigá-los.  07-09-2011