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terça-feira, dezembro 12, 2017

domingo, setembro 09, 2012

DIA DO VETERINÁRIO



SER VETERINÁRIO
              Autor Desconhecido

Ser Veterinário não é só cuidar de animais.

É, sobretudo, amá-los, não ficando somente nos padrões de uma ciência médica.
Ser veterinário é acreditar na imortalidade da natureza é querer preservá-la sempre mais bela

Ser Veterinário é ouvir miados, mugidos, balidos, relinchos e latidos, mas, principalmente, entendê-los e amenizá-los.

É gostar de terra molhada, de mato fechado, de luas e chuvas.
Ser Veterinário é não se importar se os animais pensam, mas sim, se sofrem.

É dedicar parte do seu ser à arte de salvar vidas.
Ser Veterinário é aproximar-se de extintos.
É perder medos.
É ganhar amigos de pêlo e penas, 
que jamais irão decepcioná-lo.
Ser Veterinário é ter ódio de gaiola, 
jaula e corrente.

É perder um tempo enorme apreciando rebanhos e vôos de gaivotas.
É permanecer descobrindo, através dos animais a si mesmo.

Ser Veterinário é conviver lado a lado com
ensinamentos profundos, sobre amor e vida.

"Todos nós podemos nos formar em veterinária, mas nem todos seremos veterinários".

sexta-feira, junho 17, 2011

O GATO ZEN


O Homem estava muito triste. Sabia que os dias do Gato estavam contados. O médico havia dito que não havia mais nada a fazer, que ele deveria levar o Gato para casa, e deixá-lo o mais confortável possível.

O Homem acariciou o Gato em seu colo e suspirou. O Gato abriu os olhos, ronronou e olhou para o Homem. Uma lágrima escorreu pela face do Homem e caiu na testa do Gato. O Gato lhe lançou um olhar ligeiramente irritado.

“Por que você está chorando, Homem?”, perguntou. “Porque não suporta a idéia de me perder? Porque acha que nunca vai poder me substituir?”

O Homem fez que sim com a cabeça.

“E para onde acha que eu irei quando deixar você?”, o Gato perguntou.

O Homem deu de ombros, sem saber o que dizer.

“Feche os olhos, Homem”, disse o Gato. O Homem o olhou sem entender bem, mas obedeceu.

“De que cor são meus olhos, meu pêlo?”, o Gato perguntou..

“Os olhos são dourados e o pêlo é marrom, um marrom intenso e vivo”, o Homem respondeu.

“E em que parte do corpo tenho pêlos mais escuros?”, o Gato perguntou.

“Nas costas, no rabo, nas pernas, no nariz e nas orelhas”, disse o Homem.

“E em que lugares você mais costuma me ver?”, perguntou o Gato.

“Eu vejo você... no parapeito da janela da cozinha, observando os passarinhos... na minha cadeira preferida... na escrivaninha, deitado em cima dos papéis de que eu preciso... no travesseiro ao meu lado, à noite”.

O Gato assentiu.

“Você consegue me ver em todos esses lugares agora, mesmo de olhos fechados?”, perguntou.

“Claro. Vi você neles por muitos anos”, o Homem disse.

“Então, sempre que você quiser me ver, tudo o que precisa fazer é fechar os olhos”, disse o Gato.

“Mas você não vai estar lá de verdade”, respondeu o Homem com tristeza.

“Ah, é mesmo?”, disse o gato. “Pegue aquele barbante do chão – ali, meu ‘brinquedo’”.

O Homem abriu os olhos, esticou o braço e pegou o barbante. Tinha uns 60 centímetros e o Gato conseguia se divertir com ele por horas e horas.

“De que ele é feito?”, o Gato perguntou.

“Parece que é de algodão”, o Homem disse.

“Que vem de uma planta?”, perguntou o Gato.

“Sim,” disse o Homem.

“De uma só planta ou de muitas?”

“De muitos algodoeiros,” o Homem respondeu.

“E seria possível que outras plantas e flores nascessem no mesmo solo do algodoeiro? Uma rosa poderia nascer ao lado do algodão, não?”, perguntou o Gato.

“Sim, acho que seria possível”, disse o Homem.

“E todas as plantas se alimentariam do mesmo solo e da mesma chuva, não é?”, o Gato perguntou.

“Sim”, disse o Homem.

“Então, todas as plantas, a rosa e o algodão, seriam muito parecidas por dentro, mesmo aparentando ser muito diferentes por fora”, disse o Gato.

O Homem concordou com a cabeça, mas não conseguia entender o que aquilo tinha a ver com a situação.

“E então, aquele barbante”, disse o Gato, “é o único barbante do mundo feito de algodão?”

“Não, claro que não”, disse o Homem, “foi tirado de um rolo de barbante”.

“E você sabe onde estão todos os outros pedaços de barbante, e todos os outros rolos?”, perguntou o Gato.

“Não, não sei... seria impossível saber”, disse o Homem.

“Mas mesmo sem saber onde estão, você acredita que eles existem. E mesmo que alguns pedaços de barbante estejam com você, e outros estejam em outros lugares... mesmo que alguns sejam curtos e outros sejam compridos, e mesmo que seu rolo de barbante não seja o único no mundo... você concorda que há uma relação entre todos os barbantes?”, o Gato perguntou.

“Nunca tinha pensado nisso, mas acho que sim, há uma relação”, o Homem disse.

“O que aconteceria se um pedaço de barbante caísse no chão?”, perguntou o Gato.

“Bom... ele ia acabar enterrado, e se decompondo na terra”, o Homem disse.

“Sei”, disse o Gato. “E talvez nascesse mais algodão naquele lugar, ou uma rosa”.

“Pode ser”, concordou o Homem.

“Quer dizer que a rosa no parapeito da janela pode ter alguma relação com o barbante na sua mão, e também com todos os barbantes que você nunca viu”, disse o Gato.

O Homem franziu a testa, pensando.

“Agora pegue uma ponta do barbante em cada mão”, instruiu o Gato.

O Homem fez o que foi pedido.

“A ponta na mão esquerda é o meu nascimento, e a na mão direita é minha morte. Agora junte as duas pontas”, disse o Gato.

O Homem obedeceu.

“Você formou um círculo contínuo”, disse o Gato. “Alguma parte do barbante parece diferente, melhor ou pior que qualquer outra parte dele?”

O Homem examinou o barbante e então fez que não com a cabeça.

“O espaço dentro do círculo parece diferente do espaço fora dele?”, o Gato perguntou.

De novo, o Homem fez que não com a cabeça, mas ainda não sabia se estava entendendo onde o Gato queria chegar.

“Feche os olhos de novo”, disse o Gato. “Agora lamba a mão”.

O Homem arregalou os olhos, surpreso.

“Faça o que eu digo”, disse o Gato. “Lamba a mão, pense em mim em todos os meus lugares costumeiros, pense em todos os pedaços de barbante, pense no algodão e na rosa, pense em como o interior do círculo não é diferente do exterior”.

O Homem se sentiu bobo, lambendo a mão, mas obedeceu. Ele descobriu o que um gato deve saber, que lamber uma pata é muito relaxante, e ajuda a pensar mais claramente.. Continuou a lamber, e os cantos da boca começaram a esboçar o primeiro sorriso que ele dava em muitos dias. Esperou que o Gato lhe mandasse parar mas, como este não mandou, abriu os olhos. Os olhos do Gato estavam fechados. O Homem acariciou o pêlo marrom, quente, mas o Gato havia morrido.

O Homem cerrou os olhos com força e as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto.

Viu o Gato no parapeito da janela, na cama, deitado em cima dos papéis importantes. Ele o viu no travesseiro ao seu lado, viu os olhos dourados brilhantes, e o marrom mais escuro no nariz e nas orelhas. Abriu os olhos e, por entre as lágrimas, olhou para a rosa que crescia em um vaso na janela, e depois para o barbante que ainda segurava apertado na mão.

Um dia, não muito depois, tinha um novo Gato no colo. Era uma linda gata malhada... tão diferente do seu querido Gato anterior mas, ao mesmo tempo, tão parecida.
  
O Gato Zen é um conto que faz parte do livro Pedaços do meu coração, coletânea de escritos de Jim Willis, ativista de causas animais norte-americano.

Tradução: Daniela Travaglini
Copyright da tradução brasileira © 2003 by Lugano Editora 


quarta-feira, novembro 26, 2008

MIGUEL ARCANJO ANIVERSARIANTE


Miguel Arcanjo chegou em minhas mãos, sofrido, maltratado, ultrajado. Chovia torrencialmente, inicialmente recusei adotar mais um, mas ao aninhá-lo em meus braços assustado e tremulo, logo fui lhe dando um nome, nome guardado há muito tempo para dar ao meu primeiro gato amarelo.

Ele chegou como partes de sua pelagem, amarela, brilhante como o sol que brilha no firmamento. As pessoas que não têm animais me questionam de qual eu gosto mais. Como dizer se amo mais o sol que surge todas manhãs iluminando o Planeta Terra, ou o ar que me faz viver, ou a chuva cálida que cai fecundando a terra e nos dando o alimento para viver ou matando nossa sede.

É assim que me sinto a respeito de cada um deles, não sei a quem amo mais, só sei que eles são necessários para eu respirar, apesar de saber que como a água que se escoa, e como o sol que se põe a cada dia, um dia eles irão embora de minha vida, mas hoje isso já não me dói e nem me preocupa em demasia, pois sei que o que realmente importa é que estamos juntos aqui e agora, e mesmo depois de nossa partida deste planeta sempre estaremos juntos, pois acredito que vínculos de amor verdadeiros são eternos... eternos na Eternidade – Eterna.

Cada um deles são para mim como os quatro elementos, tão necessários como respirar e um deles é o quinto elemento que simboliza o Amor Universal, quem deles é o Quinto elemento?

Também não sei, pois cada um deles é parte intrínseca deste poderoso elemento.