Você chegou pequenina, mal cabia na palma da minha mão, frágil, doente, “especialistas” diziam:
— Não viverá... viveu... está forte, linda e fazendo 12 anos.
Minha primogênita felina, minha companheira de tantos embates, de tantas alegrias. Vivemos juntas muitas histórias, alegres e tristes, mas que ao final se tornavam alegres, pois muitas vezes a senti “segurando em minhas mãos”.
Não tenho como me esquecer quando um dia, nesses dias tristes que vêm como as tempestades outonais, mas que chegam como oportunidade de aprendizado e na maioria das vezes nem percebemos sua sutileza. Você minha pequenina companheira ao ver as lágrimas teimosas escorrerem em meu rosto, me escalou e começou a lambê-las como a dizer: — não fica triste estou aqui ao seu lado, sou sua fiel amiga e companheira.
Como chorar com uma demonstração de amor destes, foi neste momento que entendi que na maioria das vezes as palavras são desnecessárias, o que realmente fica é a ação, a atitude, e os animais são pródigos em sua demonstração de amor sem nada exigir em troca... apenas amam.
Eu gostaria de ser como os animais... amar...amar.... apenas amar, sem nada exigir, sem nada esperar.
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