quarta-feira, setembro 11, 2013
segunda-feira, agosto 26, 2013
sexta-feira, julho 12, 2013
Alterações em glândulas anais em cães e gatos ou “Seu bicho está arrastando o traseiro no chão?”
Glândulas anais são anexos do sistema digestivo e estão presentes em todos os mamíferos terrestres, incluindo o homem. Tanto cães quanto gatos, apresentam um par dessas glândulas na região ao redor do ânus, nas posições de 4 e 8 horas do relógio. Sua função parece ser, além da lubrificação anal para a saída das fezes, a de manifestações sócio-hierárquicas como a demarcação territorial e a expressão de estados de medo. A secreção normal é amarelo amarronzada e de consistência semi líquida, mas o que marca mesmo sua presença é o odor insuportável que é sua característica mais marcante! É algo que não dá pra esquecer! Quando não há o esvaziamento adequado da secreção ela se torna mais espessa e difícil de drenar ficando conseqüentemente mais fétida do que o normal.
Nesse esquema aparece a localização das glândulas mas por dentro da pele, a visualização é apenas ilustrativa.
A impactação dessas glândulas é quando não há a descarga dessa secreção para o exterior, na saída do reto para o ânus e as glândulas mantêm-se cheias, distendidas e dolorosas. O animal esfrega então o ânus no chão, na tentativa de minimizar o desconforto e esvaziar a glândula. Complicações aliadas ao não esvaziamento das glândulas anais , como abcessos e fístulas, podem ocorrer.
Sintomas
Os sinais clínicos mais comuns em cães e gatos com algum grau de impactação nessas glândulas são a dificuldade em defecar (disquezia), a necessidade frequente em defecar, com pouca ou nenhuma produção de fezes (tenesmo), a diarréia, o arrastar da região anal no chão, rodopiar sobre ela esfregando-a no chão, lamber e morder a região anal com insistência, coloração avermelhada da região e a visualização de um ou dois volumes ou “bolsinhas’ na região do ânus. Tanto a inquietação como a apatia e a anorexia podem estar associados ao extremo desconforto gerado pelo quadro.
Exames complementares, como o de fezes, devem ser requisitados para descartar algumas verminoses que se caracterizam por sinais semelhantes, como arrastar o traseiro no chão.
A evolução do processo inflamatório inicial pode levar a formação de abcesso, o que complica o caso e muitas vezes a abordagem cirúrgica é necessária. Por isso, quanto antes diagnosticado e tratado o problema, mais chances de sucesso, com menos complicações e necessidade de medicamentos e cirurgias.
Algumas causas
- Constipação ou diminuição dos movimentos peristálticos intestinais (movimentos que levam o alimento do início do intestino delgado até o ânus).
- Ingestão inapropriada de fibras, normalmente menor do que a necessária, causando fezes sem volume e consistência adequadas ao esvaziamento.
- Quadros de diarréias crônicas, onde a massa fecal macia demais não chega a estimular o esvaziamento das glândulas durante sua saída pelo ânus.
- Retenção de fezes por longos períodos principalmente em animais
que só defecam fora de casa quando o tutor os leva, 1x/dia.
- Espaço inadequado para exercícios e exploração, não permitindo que o indivíduo expresse sua marcação territorial.
- Nutrição inadequada (grande quantidade de aditivos em rações comerciais que agem como irritantes e alergênicos) e falta de exercícios podem causar toxicicidade e sobrecarga metabólica! Alterações de pele e ouvido em conseqüência dessa toxicidade também são comuns e inclusive podem estar associados aos problemas das glândulas anais.
- Malasseziose e demodicose também são fatores adjuvantes na inflamação das glândulas anais.
- Hipersensibilidade a uma grande variedade de antígenos (produtos diversos que desencadeiam processos alérgicos)
Dá pra ver as duas bolsinhas inferiores ao orifício anal?
Profilaxia
Glândulas anais não devem ser apertadas, espremidas ou esvaziadas todas as vezes que o cão vai ao banho! Alguns banhistas tem esse hábito e ele acaba viciando a glândula que torna-se incapaz de esvaziar-se sozinha!
Fatores como nutrição biologicamente adequada à espécie, ambiente saudável, exercícios ao ar livre, oportunidade de escolher o local de defecar durante um passeio (não esqueça de recolher!) são imprescindíveis ao bom funcionamento orgânico em geral e especialmente o tubo digestivo e seus anexos.
Animais que sabidamente tem dificuldade de esvaziamento da glândula devem receber alguns nutracêuticos que podem favorecer o funcionamento da glândula e seu esgotamento:
Fibras adicionais, ômega 3, vitaminas do complexo B, vit. A e azeite de oliva são algumas dessas substâncias. Peça orientação ao seu veterinário quanto às substâncias mais indicadas para o caso do seu animal em especial.
Tratamento
Exercícios fazem parte do tratamento já que esse quadro é muito comum em cães obesos e mesmo que não sejam obesos, a movimentação muscular, a liberação de endorfinas e outras substâncias químicas durante o exercício, fazem com que os movimentos intestinais sejam mais vigorosos, melhorando a defecação.
Aumentar a fibra alimentar, acrescentando legumes,verduras e grãos integrais à alimentação também ajudará a normalizar o trânsito intestinal a medida que aumenta o bolo fecal, melhorando os movimentos intestinais. Só faça alterações alimentares com orientação de veterinários capacitados para responder a estas questões.
O ômega 3 com sua potente ação antinflamatória é uma ferramenta importante na regulação do funcionamento dessa glândula.
2 colheres das de sopa por litro de água
Compressas locais com chá morno ou tintura de calêndula em água morna sobre a região afetada, podem facilitar a fluidificação da secreção, o amolecimento do tecido, a dilatação dos vasos locais e conseqüente auxílio ao esvaziamento natural ou adjuvante na manobra manual de esvaziamento da glândula. Esse procedimento deve ser feito somente quando absolutamente necessário e com muito cuidado, principalmente quando a técnica de esvaziamento for com a introdução de um dedo internamente ao ânus, pois qualquer lesão na mucosa da região pode funcionar como uma porta de entrada das bactéria na circulação e causar a chamada translocação bacteriana, quando bactérias presentes no intestino ganham a corrente sanguínea através da mucosa lesada do intestino ou da ruptura de algum vaso e causam uma infecção generalizada.
O procedimento de esvaziamento dos sacos anais deve ser feito por alguém com experiência e delicadeza suficiente para não ferir mais o animal. Veja um filminho aqui. Tal procedimento não deve ser feito com freqüência ou utilizado como profilaxia. A saída das fezes pelo orifício anal é que deve estimular por si só o esvaziamento glandular e para que isso aconteça as alterações alimentares e de manejo devem ser implantadas.
Indico alimentação natural cozida ou crua para restabelecer o equilíbrio nutricional e metabólico normal a cada espécie. Alguns veterinários já estão familiarizados e capacitados a formular cardápios e fazer a orientação nutricional natural de seus pacientes. Procure um perto de você, mas se não encontrar, dê uma boa olhada no site www.cachorroverde.com.br. Nele a nutróloga veterinária Sylvia Angélico dá uma minuciosa aula sobre o assunto, ajudando-nos a entender melhor a utilização e os efeitos sobre alimentação no organismo animal.
Por último e mais uma vez, a eficiência homeopática sobre mais essa patologia é inquestionável! Seja na drenagem, na cicatrização, nas inflamações e até nos abcessos, quando bem escolhida, a homeopatia pode efetuar pequenos milagres! Cada caso requer um estudo particular e um medicamento individualizado. Nessa tabela talvez encontre um veterinário homeopata bem perto de você, que poderá ajudá-lo.
Veja o filme citado
sexta-feira, maio 24, 2013
segunda-feira, maio 06, 2013
MÃES DO REINO ANIMAL
MÃES DO REINO ANIMAL
Marlene Amara Antara
Vamos começar nossa homenagem ao dia das mães, tentando conscientizar as
pessoas sobre o abandono, insensibilidade que vemos nas ruas de todas cidades
deste Planeta, sejam em grandes cidades ou pequenas , o abandono ocorre em
todas as nações, sejam as chamadas ricas ou as consideradas pobres. Riqueza e
pobreza vão além dos bens materiais, a pobreza da compaixão, do amor e da
solidariedade está na alma.
Ninguém é pobre ao ponto de ter compaixão e solidariedade, a desculpa de
não posso, está na atitude de ter sensibilidade pelo sofrimento alheio, muitas
vezes não podemos recolher um animal, mas podemos dar um pratinho de ração, um
potinho de água, um afago.
Muitas vezes o que aquele animal necessita naquele momento é apenas isso.
Quem não pode fazer isso?
Quem não pode ao menos uma vez em 365 dias castrar um animal
abandonado?
Quem não pode “curar” uma ferida em um animal que não tem ninguém por
ele?
Vamos refletir amigos, todos acham que os protetores ou quem ama animais é obrigado (a) a resgatar todos os animais
abandonados, infelizmente nós gostaríamos de “salvar” todos, mas assim como
vocês temos limitações de todos os tipos, espaço, condições financeiras, muitas
vezes saúde frágil.
Todas as vezes que você encontrar um animal abandonado tente fazer a sua
parte, tente ajudá-lo, antes de achar que alguém vai passar e fazer aquilo que
de certa maneira cabia a você fazer.
Vamos parar de ter dó (detesto essa palavra) dó não alimenta, não
resgata, não castra e não “salva” ninguém, seja animal ou humano.
Essa frase da Nina Rosa (
Instituto Nina Rosa) fecha essa minha reflexão:
sexta-feira, maio 03, 2013
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