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sábado, janeiro 11, 2014

Gata de Joinville atinge rara marca para os felinos: o centenário

HASSAN SOUZA
hassan.souza@an.com.br

Cléo é uma verdadeira senhora. São aproximadamente 100 anos ao lado da dona, a carioca Maria Amélia Cardoso, de 77 anos. Isto, é claro, se convertermos os seus 22 anos de gata para a idade humana, afinal, especialistas dizem que a contagem é diferente para as duas espécies. A gata mora em Joinville há seis meses, quando a dona mudou-se do Rio de Janeiro para o bairro América.

A gatinha centenária pesa um quilo e meio e vive com a família Cardoso desde 1992, quando foi encontrada ainda filhote por Maria Amélia, no Passeio Público, no Centro do Rio de Janeiro. Cléo era tão pequena, que a dona teve que dar mamadeira para alimentá-la nas primeiras semanas. Os anos foram passando e os cuidados sempre foram constantes.

– A Cléo faz parte da família. Qualquer coisinha que aconteça com ela, nós levamos ao veterinário – ressalta Maria.

Apesar de todo zelo e carinho da família, a idade avançada trouxe problemas de audição e visão à gatinha.

– Ela esbarra nas coisas em casa, mas está esperta e tem saúde. O animal bem cuidado tem muitos anos de vida.

Adriana Kammholz, veterinária dos animais de Maria Amélia – ela tem outros nove gatos – concorda com a dona de Cléo. Segundo ela, os gatos estão com uma vida cada vez mais longa, principalmente, devido aos cuidados que os proprietários têm com os bichinhos. 

Alimentação adequada, atividades físicas, visitas periódicas ao veterinário e brinquedos para evitar o estresse, garante a especialista, aumentam a probabilidade de ter a vida prolongada.

sábado, outubro 12, 2013

Dia das crianças, não dê animais de presente

DIA DAS CRIANÇAS

Hoje é dia das crianças (assim, como no natal, aniversários etc), não dê animais de presente, pois animais não são  brinquedos.

Muitas vezes um animal ganho de presente é abandonado tão logo perde a “graça”, pois enquanto são filhotes são “bonitinhos”, assim como as crianças se encantam com seus brinquedos depois os deixam de lado. Animais não são  “brinquedos” são vidas que sentem medo, frio, fome, dor, alegria e sofrimento. E muitas vezes são abandonados pelas crianças e seus tutores.

Ensine seu filho que a vida não é mercadoria, uma vida não tem preço.

Incentive a adoção responsável, onde tutor e criança adotam por compaixão, amor e solidariedade. 

E Tenham em mente que esse animal viverá no mínimo 10 anos ou mais.


quarta-feira, junho 22, 2011

Gratidão...Gratidão... Gratidão.



Em minhas orações diárias pela manhã e à noite, o Juca se deita entre minhas pernas e comunga comigo este momento de paz e gratidão. Oro todos os dias em gratidão a São Francisco de Assis, aos Anjos e Devas por tê-lo ao meu lado. Ele continua magrinho e frágil, mas faz quase um ano que está estável, ainda exige cuidados, dei comida na boca dele por quase um ano, duas... três vezes ao dia, dormia e durmo ainda com um potinho de ração ao lado do meu travesseiro para ter certeza que está comendo, e é com alegria e gratidão que o vejo ir ao potinho de ração  durante a noite e comer pequenas porções.


Faz um mês que tem comido sozinho, está comendo uma ração especial para gatos idosos, o croquete é mais mole, e apesar de comer pouco tem comido sozinho. Complemento com patê e agora também come sozinho.

Uma grande vitória vê-lo caminhando pelo quintal, correndo atrás da Esperança, miando manhoso para subir na pia do banheiro para tomar água.  Às vezes ele caminha pelo quintal e de repente começa a miar... Miar... Miar  eu o chamo e ele vem correndo contente em  me ver, dá a impressão que, de vez em quando ele se sente perdido sem saber onde está, é, os anos não perdoa ninguém, nem mesmo os inocentes animais.

Mesmo com seu corpinho frágil está estável, ainda cambalea ao fazer esforço brusco, mas cambalea e segue em frente como um grande guerreiro.  Ele continua exigindo atenção, pois ainda vomita, já menos. Há dias que passa bem para em outros estar caidinho.  Tomou por dois meses complexo B, isso que o tem ajudado no apetite. Continua tomando quatro tipos de remédios homeopáticos diariamente.

Mas Graças a Deus está estável. O pesadelo vivido por meses está sumindo nas brumas do tempo. Muito tenho a agradecer as Hierarquias que cuidam do Reino Animal, a São Francisco de Assis, Anjos e Devas.

Mas não posso me esquecer de ser imensamente Grata a excelente e experiente veterinária homeopática Drª. Otília E. Link que tem cuidado dele (de nós) com carinho, amor e atenção. Sem sua amorosa atenção, não sei se ele estaria ainda comigo, muitas vezes ela me ligou tarde da noite para passar um resultado de exame ou mesmo dando retorno de uma ligação. Obrigada!   Drª. Otília somos imensamente gratos por tudo que tem feito por nós.  Acho lindo quando ela liga e pergunta: “Como está nosso menino”. Foi um ano difícil (2010/2011), mas tenho muito a agradecer.

Aproveito para estender minha Gratidão a Lauro Kolling e esposa que tem me socorrido na livraria e com os gatos. Mesmo distante, uma amizade rara, uma bênção que poucos têm oportunidade de receber.

Agradeço a amiga querida, Drª. Andressa Vieira de Mello veterinária que cuidava do Juca anteriormente (agora mora em São Paulo), ela foi nosso Anjo da Guarda por muitos anos, cuidou dos “meus” cinco gatos no tempo que minha situação financeira era mais difícil, cuidou deles sem nada cobrar, sempre com carinho e dedicação. Obrigada! Dê.

Gratidão as amigas virtuais queridas Neda, Cristiana Basan, Cristina Bortoli, Fátima Friedriczewski e a Ângela Miranda (nos conhecemos nos mutirões de castração de Cotia) e para todos que oraram pelo Juca e pela Uriel.

Infelizmente a Uriel se foi, mas teve todo tratamento necessário, mais uma vez obrigada!  Drª. Otília por tê-la atendido quando eu já não tinha dinheiro para a consulta.

Obrigada! Neda, Cristiana Basan e Cristina Bortoli pela ajuda financeira para os exames da Uriel.

Enfim este é um momento de agradecer  a Deus e aos amigos por terem me ajudado neste momento de provação.

Fica uma oração por este Reino tão necessitado de amor e compaixão. Infelizmente nós humanos, mas tão desumanos com os animais, com a Natureza, enfim com todas as formas de vida. Que possamos refletir e ter consciência que estamos todos juntos neste Planeta, sejamos humanos ou não humanos, estamos aqui para crescer e evoluir.

Senhor! Tende Misericórdia dos Animais
                                                                        Amara Antara (Marlene)

Misericórdia Senhor!
Pelo Reino Animal, que não tem como se defender da insanidade humana.
Tende misericórdia desses nossos irmãos de jornada que sem poderem defender-se  sofrem diversas agruras nas mãos dos chamados humanos, na verdade desumanos.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que estão nos matadouros amedrontados sem saber o que fizeram para merecer a morte em nome de uma alimentação balanceada.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que estão nas granjas sem ver a luz, sem poder seguir o curso natural da vida como ciscar, cantar e aninhar seus pintinhos debaixo de suas asas.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que são perseguidos e mortos sem misericórdia nos mares azuis que nos legaste, agora manchados de dor e sangue.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que suportam alimentos e bebidas em seu delicado estômago (foie gras), em nome de requinte e sabor.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que são apartados de sua mãe na tenra idade para servir de alimento aos que se dizem humanos (baby beef/carne de vitela)

Misericórdia, Senhor!
Pelo que, através do sofrimento, em circos de dor e horror, divertem aqueles que deviam protegê-los.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que, para divertir os homens, sofrem em rodeios.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que enriquecem os homens, há séculos, em touradas.

Misericórdia, Senhor!
Pelos animais que sofrem e morrem na farra do boi.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que são treinados para duelar com seus próprios irmãos em rinhas, até a morte.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que carregam o peso do mundo nas costas.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que são mortos em laboratórios em nome de pesquisas vãs.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que sofrem nos laboratórios de vivissecção

Misericórdia, Senhor!
Pelos que são assassinados em altares religiosos em Teu nome.

Misericórdia, Senhor!
Pelos animais caçados apenas por esporte e status.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que sofrem pelo anzol em morte lenta.

Misericórdia, Senhor!
Pelos animais silvestres que perderam seu habitat.

Misericórdia Senhor!
Pelos animais que são mortos pela ignorância humana. São sentenciados à morte por governos e governantes com o pretexto de trazerem doenças.

Misericórdia Senhor!
Pelos animais em extinção.

Misericórdia Senhor!
Pelos animais que são escalpelados vivos em nome da moda e beleza.

Misericórdia Senhor!
Pela vaidade que fere e mata.

Misericórdia, Senhor!
Pelos pássaros em seu canto triste em gaiolas, para deleite dos seres humanos.

Misericórdia, Senhor!
Pelos animais domésticos que:
São abandonados à própria sorte ao nascer, nas esquinas ou mesmo são espancados, envenenados e mortos, apenas pelo fato de terem nascido.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que tiveram um lar, mas que, ao envelhecer, são abandonados à própria sorte.

Misericórdia, Senhor!
Pelos doentes nas ruas e vielas.

Senhor! Em meio a tanta dor e sofrimento impostos por seus filhos, eu peço:

Tende Misericórdia, Senhor!
De nós, que nos esquecemos da Mãe Terra e de todas as maravilhas que o Senhor nos legou.

Misericórdia, Senhor! 
Para conosco, que estamos aqui para amar, cuidar e sermos guardiões de Tua Criação.

Misericordioso Senhor!

Misericórdia!
Misericórdia!
Misericórdia...



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sexta-feira, junho 17, 2011

O GATO ZEN


O Homem estava muito triste. Sabia que os dias do Gato estavam contados. O médico havia dito que não havia mais nada a fazer, que ele deveria levar o Gato para casa, e deixá-lo o mais confortável possível.

O Homem acariciou o Gato em seu colo e suspirou. O Gato abriu os olhos, ronronou e olhou para o Homem. Uma lágrima escorreu pela face do Homem e caiu na testa do Gato. O Gato lhe lançou um olhar ligeiramente irritado.

“Por que você está chorando, Homem?”, perguntou. “Porque não suporta a idéia de me perder? Porque acha que nunca vai poder me substituir?”

O Homem fez que sim com a cabeça.

“E para onde acha que eu irei quando deixar você?”, o Gato perguntou.

O Homem deu de ombros, sem saber o que dizer.

“Feche os olhos, Homem”, disse o Gato. O Homem o olhou sem entender bem, mas obedeceu.

“De que cor são meus olhos, meu pêlo?”, o Gato perguntou..

“Os olhos são dourados e o pêlo é marrom, um marrom intenso e vivo”, o Homem respondeu.

“E em que parte do corpo tenho pêlos mais escuros?”, o Gato perguntou.

“Nas costas, no rabo, nas pernas, no nariz e nas orelhas”, disse o Homem.

“E em que lugares você mais costuma me ver?”, perguntou o Gato.

“Eu vejo você... no parapeito da janela da cozinha, observando os passarinhos... na minha cadeira preferida... na escrivaninha, deitado em cima dos papéis de que eu preciso... no travesseiro ao meu lado, à noite”.

O Gato assentiu.

“Você consegue me ver em todos esses lugares agora, mesmo de olhos fechados?”, perguntou.

“Claro. Vi você neles por muitos anos”, o Homem disse.

“Então, sempre que você quiser me ver, tudo o que precisa fazer é fechar os olhos”, disse o Gato.

“Mas você não vai estar lá de verdade”, respondeu o Homem com tristeza.

“Ah, é mesmo?”, disse o gato. “Pegue aquele barbante do chão – ali, meu ‘brinquedo’”.

O Homem abriu os olhos, esticou o braço e pegou o barbante. Tinha uns 60 centímetros e o Gato conseguia se divertir com ele por horas e horas.

“De que ele é feito?”, o Gato perguntou.

“Parece que é de algodão”, o Homem disse.

“Que vem de uma planta?”, perguntou o Gato.

“Sim,” disse o Homem.

“De uma só planta ou de muitas?”

“De muitos algodoeiros,” o Homem respondeu.

“E seria possível que outras plantas e flores nascessem no mesmo solo do algodoeiro? Uma rosa poderia nascer ao lado do algodão, não?”, perguntou o Gato.

“Sim, acho que seria possível”, disse o Homem.

“E todas as plantas se alimentariam do mesmo solo e da mesma chuva, não é?”, o Gato perguntou.

“Sim”, disse o Homem.

“Então, todas as plantas, a rosa e o algodão, seriam muito parecidas por dentro, mesmo aparentando ser muito diferentes por fora”, disse o Gato.

O Homem concordou com a cabeça, mas não conseguia entender o que aquilo tinha a ver com a situação.

“E então, aquele barbante”, disse o Gato, “é o único barbante do mundo feito de algodão?”

“Não, claro que não”, disse o Homem, “foi tirado de um rolo de barbante”.

“E você sabe onde estão todos os outros pedaços de barbante, e todos os outros rolos?”, perguntou o Gato.

“Não, não sei... seria impossível saber”, disse o Homem.

“Mas mesmo sem saber onde estão, você acredita que eles existem. E mesmo que alguns pedaços de barbante estejam com você, e outros estejam em outros lugares... mesmo que alguns sejam curtos e outros sejam compridos, e mesmo que seu rolo de barbante não seja o único no mundo... você concorda que há uma relação entre todos os barbantes?”, o Gato perguntou.

“Nunca tinha pensado nisso, mas acho que sim, há uma relação”, o Homem disse.

“O que aconteceria se um pedaço de barbante caísse no chão?”, perguntou o Gato.

“Bom... ele ia acabar enterrado, e se decompondo na terra”, o Homem disse.

“Sei”, disse o Gato. “E talvez nascesse mais algodão naquele lugar, ou uma rosa”.

“Pode ser”, concordou o Homem.

“Quer dizer que a rosa no parapeito da janela pode ter alguma relação com o barbante na sua mão, e também com todos os barbantes que você nunca viu”, disse o Gato.

O Homem franziu a testa, pensando.

“Agora pegue uma ponta do barbante em cada mão”, instruiu o Gato.

O Homem fez o que foi pedido.

“A ponta na mão esquerda é o meu nascimento, e a na mão direita é minha morte. Agora junte as duas pontas”, disse o Gato.

O Homem obedeceu.

“Você formou um círculo contínuo”, disse o Gato. “Alguma parte do barbante parece diferente, melhor ou pior que qualquer outra parte dele?”

O Homem examinou o barbante e então fez que não com a cabeça.

“O espaço dentro do círculo parece diferente do espaço fora dele?”, o Gato perguntou.

De novo, o Homem fez que não com a cabeça, mas ainda não sabia se estava entendendo onde o Gato queria chegar.

“Feche os olhos de novo”, disse o Gato. “Agora lamba a mão”.

O Homem arregalou os olhos, surpreso.

“Faça o que eu digo”, disse o Gato. “Lamba a mão, pense em mim em todos os meus lugares costumeiros, pense em todos os pedaços de barbante, pense no algodão e na rosa, pense em como o interior do círculo não é diferente do exterior”.

O Homem se sentiu bobo, lambendo a mão, mas obedeceu. Ele descobriu o que um gato deve saber, que lamber uma pata é muito relaxante, e ajuda a pensar mais claramente.. Continuou a lamber, e os cantos da boca começaram a esboçar o primeiro sorriso que ele dava em muitos dias. Esperou que o Gato lhe mandasse parar mas, como este não mandou, abriu os olhos. Os olhos do Gato estavam fechados. O Homem acariciou o pêlo marrom, quente, mas o Gato havia morrido.

O Homem cerrou os olhos com força e as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto.

Viu o Gato no parapeito da janela, na cama, deitado em cima dos papéis importantes. Ele o viu no travesseiro ao seu lado, viu os olhos dourados brilhantes, e o marrom mais escuro no nariz e nas orelhas. Abriu os olhos e, por entre as lágrimas, olhou para a rosa que crescia em um vaso na janela, e depois para o barbante que ainda segurava apertado na mão.

Um dia, não muito depois, tinha um novo Gato no colo. Era uma linda gata malhada... tão diferente do seu querido Gato anterior mas, ao mesmo tempo, tão parecida.
  
O Gato Zen é um conto que faz parte do livro Pedaços do meu coração, coletânea de escritos de Jim Willis, ativista de causas animais norte-americano.

Tradução: Daniela Travaglini
Copyright da tradução brasileira © 2003 by Lugano Editora