segunda-feira, abril 04, 2016

Dia Mundial dos Animais de rua

COMO SE MORRE DE VELHICE

Como se morre de velhice
ou de acidente ou de doença,
morro, Senhor, de indiferença.

Da indiferença deste mundo
onde o que se sente e se pensa
não tem eco, na ausência imensa.

Na ausência, areia movediça
onde se escreve igual sentença
para o que é vencido e o que vença.

Salva-me, Senhor, do horizonte
sem estímulo ou recompensa
onde o amor equivale à ofensa.

De boca amarga e de alma triste
sinto a minha própria presença
num céu de loucura suspensa.

(Já não se morre de velhice
nem de acidente nem de doença,
mas, Senhor, só de indiferença.)

Cecília Meireles, in 'Poemas (1957)'

segunda-feira, março 14, 2016

Dia Nacional dos Animais

"Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência." 
Declaração Universal dos Direitos dos Animais

sábado, fevereiro 13, 2016

Uriel 5 anos

Hoje faz cinco anos que a Uriel se foi e não me canso de falar duas coisas sobre ela, uma que ela foi a gata mais carinhosa e doce que conheci em minha vida.
E a outra, que não me “conformo” da maneira abrupta em que partiu.

  Mistérios da vida, mistérios da “morte”, mistérios do viver e do partir que ainda não estão ao nosso dispor, quem sabe um dia entenderemos não o por que das coisas, mas para quê.

Será que vamos nos reencontrar um dia ratinha?

Hoje já não tenho tanta certeza disso, se não, ao menos  tivemos uma história linda juntas.

Na verdade, você está presente sempre, dia após dia, nos reencontramos a cada lembrança.

“As perdas são dores que vêm com a vida. Saudade é conseguir recriar momentos dentro de você. As coisas que se foram na realidade não desaparecem enquanto estiverem vivas dentro de mim.”
Nathalia Timberg