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sábado, fevereiro 13, 2016

Uriel 5 anos

Hoje faz cinco anos que a Uriel se foi e não me canso de falar duas coisas sobre ela, uma que ela foi a gata mais carinhosa e doce que conheci em minha vida.
E a outra, que não me “conformo” da maneira abrupta em que partiu.

  Mistérios da vida, mistérios da “morte”, mistérios do viver e do partir que ainda não estão ao nosso dispor, quem sabe um dia entenderemos não o por que das coisas, mas para quê.

Será que vamos nos reencontrar um dia ratinha?

Hoje já não tenho tanta certeza disso, se não, ao menos  tivemos uma história linda juntas.

Na verdade, você está presente sempre, dia após dia, nos reencontramos a cada lembrança.

“As perdas são dores que vêm com a vida. Saudade é conseguir recriar momentos dentro de você. As coisas que se foram na realidade não desaparecem enquanto estiverem vivas dentro de mim.”
Nathalia Timberg 


sexta-feira, fevereiro 13, 2015

Uriel 4 anos na Ponte do arco-íris

 Uriel,
De repente fico rindo à toa sem saber por que
E vem a vontade de sonhar de novo te encontrar
Foi tudo tão de repente, eu não consigo esquecer
E confesso tive medo, quase disse não
Mas o seu jeito de me olhar, a fala (miado manso) mansa meio rouca (miado e olhar tão meigos)
Foi me deixando quase louca já não podia mais pensar
Eu me dei toda para você. Durante 13 anos.
 Ah! Uriel como eu gostaria de encontrá-la, nem que fosse em meus sonhos.

Foi tudo  tão de repente, não deu tempo de salvá-la, ficou uma sensação de que falhei com você.

Passo horas olhando suas fotos e me pego rindo com sua meiguice e delicadeza, rio das boas lembranças.

Mas de repente “sinto medo” de que não fiz tudo que devia, encontro fotos onde seu olhar é triste parece que existe sofrimento neles, se havia como não percebi, você nunca deu um mínimo sinal de que não estava bem.

Mas para meu consolo ou mais dúvidas encontro fotos muito antigas, onde aquele olhar distante e triste também estão presentes, então eu fico sem saber se você sofreu em silêncio ou não.

Essa doença nos deu apenas uma semana, um tempo curto demais para reverter uma doença tão devastadora, e ao final ela venceu, e deixou essa sensação de incompetência.

Trago sua imagem em minha mente e coração, e sempre me emociono demais ao me lembrar de você.

Hoje faz quatro anos que você se foi, e eu continuo sofrendo como se tivesse acontecido hoje.

Eu sei que todos nós vamos um dia deixa nossos corpos e partir, mas com você, não tivemos nem a chance de tentar.

Vou passar o resto dos anos que me restam, sempre pensando se falhei com você.

Choro mais hoje do que quando você partiu.
Quando você deu o ultimo suspiro eu fiquei anestesiada, foi como se estivesse vivendo em câmara lenta, e por mais de dois anos não chorei, meus cabelos ficaram brancos em 15 dias, talvez por isso me emociono tanto, pois o anestésico passou.

Se vocês voltam a viver nesse mundo e nos escolhem como tutores, talvez você já esteja comigo, o Antuak é muito parecido com você, em meiguice, amor e até em detalhes físicos.

Seja ele você ou não, não faz diferença substancial, essa sensação de negligencia não cessa.

Eu só queria que você tivesse tido uma chance como o Miguel e a Esperança. Mas foi lhe tirado tudo, só lhe restou sofrimento e dor.
Desculpe-me, minha ratinha
Até qualquer dia.
Até...


sábado, fevereiro 07, 2015

Uriel, quanta saudade.

Para Uriel, "minha" gatinha que está na Ponte do arco-íris.

Tanta Saudade
Djavan

Era tanta saudade
É pra matar
Eu fiquei até doente
Eu fiquei até doente, menina
Se eu não mato a saudade
É, deixa estar
A saudade mata a gente
A saudade mata a gente

Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
Fui até o centro da terra
E é mais além
Procurei uma saída
O amor não tem
Estava ficando louco
Louco, louco de querer bem
Quis chegar até o limite
De uma paixão
Baldear o oceano
Com a minha mão
Encontrar o sal da vida
E a solidão
Esgotar o apetite
Todo o apetite do coração

Mas voltou a saudade
É, pra ficar
Ai, eu encarei de frente
Ai, eu encarei de frente, menina
Se eu ficar na saudade
É, deixa estar
A saudade engole a gente
A saudade engole a gente, menina

Ai amor, miragem minha
Minha linha do horizonte
É monte atrás de monte, é monte
A fonte nunca mais que seca
Ai, saudade, inda sou moço
Aquele poço não tem fundo
É um mundo e dentro um mundo
E dentro um mundo e dentro um mundo
E dentro é o mundo que me leva

quinta-feira, fevereiro 14, 2013

Uriel 2 anos na ponte do arco-íris


Hoje faz dois anos que a Uriel, cruzou a ponte do arco-íris, foi mais ou menos neste horário.

Cada animal tem sua individualidade e nos deixa lembranças profundas sobre elas, a Uriel foi a gata mais delicada e amorosa que partilhou a vida comigo.

Até qualquer dia “minha” ratinha.

*10-01-1998
+13-02-2011


Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar
Chico Buarque

sexta-feira, julho 20, 2012

DIA DO AMIGO

AMIGOS
Vinícius de Moraes

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. 

Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. 

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor. 

Eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. 

E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! 

Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências. 

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. É delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro, noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí. 

E me envergonho, porque essa minha prece é em síntese, dirigida ao meu bem estar.

Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. 

Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer. 

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que não desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos! 

A gente não faz amigos, reconhece-os.



quarta-feira, fevereiro 16, 2011

URIEL IN MEMORIAM


Uriel In Memoriam

Amor, palavra escrita, falada, poetizada, cantada e encantada de todas as maneiras, entre tantos sentimentos. Todas as religiões e crenças a tem como a mais importante qualidade do ser humano. Mas infelizmente nós os chamados humanos, mas na verdade desumanos não a compreendemos e tampouco a vivemos em sua essência, nós a transformamos em posses, desejos, ódios, crimes, etc.

Desde que comecei a conviver diretamente com animais, consegui vislumbrar o que realmente é amar, só com a convivência com eles a força, a beleza e magia desta poderosa palavra começaram a ecoar em meu coração. Mas o amor deles é infinitamente maior que o meu, estou no jardim-da-infância deste sentimento.

Neste meu aprendizado lento mais constante me preparo para amar por amar como eles, amar sem memória do passado, do presente, das indiferenças, das maldades, amar mesmo sendo abandonada, criticada, rejeitada.  A maioria deles passou pelo abandono, pela rejeição, indiferença e maus tratos.

Assim são os animais, os humanos os abandonam, batem, os deixam sofrer de fome, frio, doenças e o pior de desamor, mas eles estão sempre ali presentes, amigos, companheiros, nos dando sua vida se necessário.

A vida me deu a oportunidade de aprendizado com cinco criaturinhas vitimas do abandono, da dor e maus tratos, elas trouxeram alegria, amizade, solidariedade, paz e muito amor para minha vida. Mas tudo na vida, por mais que cuidemos, amemos, tem que ir embora para sua morada de origem.  Primeiro foi a Juma, minha primeira grande Mestra, a iniciadora deste aprendizado tão lindo, mas tão complexo para nós humanos tão preocupados com aparências, com o outro, com o futuro. Mas através dela vieram mais quatro. Ela se foi depois de ter vivido, amado e me transformado. As pessoas acham que nosso amor se restringe aos animais, enganam-se, quem aprende a amar através dos animais, ama toda a Vida no Planeta, humano e não humano, plantas, águas, Mãe Terra, o ar a vida, com uma intensidade inimaginada por uma mente “normal”.

Uriel, minha terceira resgata se foi deste mundo tão cruel com sua espécie, ficou doente dia 06-02-2011, e em uma semana de sofrimento intenso me deixou, foi se juntar aos Anjos e Devas e com a sua irmã mais velha Juma. A Uriel tinha 13 anos, tinha uma saúde invejável, mas em poucos dias eu a vi prostrada, sem andar, sem comer. Nos exames veio a sentença fatal “Insuficiência renal crônica” em estado avançado. Eu conhecia a doença por alto por ler alguns textos e guardado na memória os sintomas principais, mas ela nunca demonstrou nenhum dos sintomas, mas eis que de repente, essa doença cruel tomou seu corpo de maneira irreversível.

Foram tentados os tratamentos, mas não houve melhora e exatamente uma semana depois ela se foi em meus braços. Tínhamos ido à tarde fazer soro subcutâneo, que segundo os veterinários era a única maneira de ajudá-la, mas o soro a debilitou ainda  mais, quando chegamos em casa ela estava largada, sem estímulos, já não balançava o rabinho ao menos levemente, mas ela me ouvia, pois mexia os olhos. Senti que era seu último dia neste mundo.

Quando começou sua agonia, me sentei ao seu lado e contei toda sua história, como a encontrei, o primeiro banho, a bronca dos irmãos e como ela iluminou nossas vidas, o quanto foi amada e quanto me amou. E fui calmamente falando vai querida, vai em paz, São Francisco de Assis, a Juma e os Anjos estão lhe  esperando, pode ir eu vou ficar bem, mais saiba eu te amo demais. Mas até mesmo a hora final foi sofrida, vomitou sangue três vezes.  Sei que está na Ponte do Arco-Íris, eu tenho que acreditar em um lugar como a Ponte do Arco-Íris para os animais. Sei que a Ponte do Arco-Íris, é uma metáfora, mas deve existir um lugar assim. Com certeza naquele momento outros animais estavam também partindo deste mundo e muitos deles sozinhos, sem amor sem carinho e muitas vezes através da crueldade humana. Para esses que nunca conheceram o amor somente a Ponte do Arco-Íris pode lhes dar o que os humanos lhes negaram.

Pela manhã com minhas próprias mãos abri um buraco para colocá-la, já não tinha forças pela semana insone, mas a cada batida de enxada na terra dura eu ia dizendo, força, força essa é a última coisa que fará por ela.  E o corpo dela está próximo da Juma, embaixo de uma paineira frondosa, sei que é apenas um corpo, mas está lá sepultado como todos os seres merecem.

A gente pensa que a separação da chamada morte é igual, percebi que não. Acho que até nisso a Juma me ensinou, fui mais serena com a doença e com a partida da Uriel. Apesar da dor que estou sentindo Eu Sou grata a São Francisco de Assis, Anjos e Devas por ela não ficar sofrendo inutilmente. Meus sentimentos ainda estão confusos, chorei tanto antes que após sua partida ainda não chorei, parece que estou andando em câmera lenta, entre a realidade e a ficção.

Adeus!  Minha ratinha, adeus Uriel até qualquer dia.

*10-01-1998
+13-02-2011

ÚLTIMA SEMANA
Dia 07/02/201  ainda com pequenos movimentos, pratinho de ração ao lado.

09-02-2011 comendo um pouco.


09-02-2011  olhinhos ainda vivos. 
Dia 10-02-2011

11-02-2011, já sem forças.
12-02-2011

Dia 12-02-2011 à tardinha.
 Ela fez xixi e fui limpá-la, mas como estava muito calor a levei em uma mesa na área onde ela adorava ficar vendo os pássaros. Notei que ao virá-la ela levantou a cabeça para olhar alguns pássaros que estavam no muro, então resolvi me sentar lá com ela, a tarde estava fresca. Ficamos umas três  horas lá ela cochilando e eu orando,  uma tarde mágica,  havia um silêncio especial no ar. Quando escureceu entramos para dentro.

 Depois a coloquei nessa cestinha para ficar mais confortável e ficamos "sentindo" o silêncio da tarde.

COMO TUDO COMEÇOU...


A Juma cuidando dela
A nova família
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Ela contando sua própria história: 

Homenagem para seus 13 anos.
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RECORDAÇÕES




 Ficava sempre deitada enquanto eu trabalhava.

  09-01-2011 -  véspera do aniversário de 13 anos.
09-01-2011




 "Festa" de aniversário de 13 anos.

 
Uriel e a fonte



Sua pose preferida
 Presente da Tia Neda



 Deitada em meu colo (todas as manhãs)








 Sempre me auxiliando no trabalho.





 Em meu colo em outra manhã









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Conscientizando os humanos.




Era assim que me sentia ao olhar este  doce e meigo olhar.